Facesitting: o fetiche de quem gosta de sentar na cara do parceiro!
Universa
22/12/2019 04h00
O que será que Anitta quer dizer com "Na sua cara"?
Se você já dançou ao som de Sua Cara, música de Anitta e Pabllo Vittar, vai entender do que estou falando. Embora as cantoras falem de se vingar de um boy lixo, o espírito do fetiche está presente. Facesitting, em tradução livre 'sentar na cara', é pra de quem gosta de sentar na cara do parceiro(a).
Normalmente associado ao BDSM por ser uma prática de dominação e submissão, facesitting é mais praticado por mulheres que sentam na cara do seu parceiro. A intenção é estar no controle enquanto recebe sexo oral (genital ou anal) ou simplesmente se diverte controlando a respiração do seu consagrado.
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Ou seja, a prática é interessante e adorada não só pelo prazer do sexo oral em si, mas pela situação de humilhação erótica em que a mulher decide a intensidade da sua sentada e imobiliza a outra pessoa pelas pernas, nádegas e quadris.
Uma prática parecida, mais conhecida, mas que coloca geralmente o homem numa posição de dominação é o deepthroat, a famosa 'garganta profunda (em que a mulher faz sexo oral no homem com a intenção de "engolir tudo" e alcançar a garganta).
Mas as coisas estão mudando…
Uma pesquisa do Pornhub mostrou que as buscas por deepthroat caíram de 2017 para cá, enquanto no mesmo período, as buscas por facesitting só aumentam!
(reprodução Pornhub)
(reprodução Pornhub)
Será que a mulherada está se rebelando contra a prática da garganta profunda (que, convenhamos, pode ser muito desconfortável) por algo, digamos, mais gostoso de sentar e tentar?
Bom, o que a gente sabe é que uma sentada na cara não machuca ninguém, está em alta e pode dar muito prazer. E você, já experimentou? Se sim, conta pra gente aqui nos comentários. Caso ainda não tenha experimentado, recomendo uma conversa com o parceiro ou parceira. Depois volta aqui para contar como foi.
Sobre a autora
Mayumi Sato é meio de exatas, meio de humanas. Pesquisadora e diretora de marketing do Sexlog quer ressignificar a relação das pessoas com o sexo e, para isso, acredita que é preciso colocar a mão na massa, o que inclui decodificar o comportamento humano. Ao longo dos anos, estudando e trabalhando com o mercado adulto, passou a fazer parte de uma rede de mulheres interessadas e ativistas no assunto, por isso sabe que não está – não estamos – só. Idealizadora do cínicas (www.cinicas.com.br) e feminista sex-positive.
Sobre o blog
Dados e pesquisas sobre sexo e o comportamento dos brasileiros entre quatro paredes. Muita informação, tendências, dados – e experiências próprias! - sobre o assunto. Um espaço para desafiar tabus e moralismos em torno do sexo.