Conheça fetiches diferentões (para você) e deliciosos (para muita gente)
Universa
14/05/2019 04h49
(Foto: iStock)
Você provavelmente ouviu falar sobre golden shower nas últimas semanas, afinal, o assunto invadiu as redes sociais depois que o presidente Jair Bolsonaro ficou, por assim dizer, curioso a respeito da prática. Primeiro é importante esclarecer que golden shower não é necessariamente um costume deturpado. É uma prática sexual que, quando consentida por todos que a promovem, é relacionada unicamente ao prazer.
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Um fetiche nada mais é do que uma fantasia sexual que pode estar associada a uma situação, um objeto, fluidos corporais ou partes específicas do corpo, por exemplo, que despertam o desejo de alguém. Para Freud, o fetiche é por onde canalizamos nosso desejo sexual.
Então vamos a alguns exemplos:
Cuckold
Um dos fetiches mais comuns, o cuckold nada mais é do que o clássico corno que assiste a esposa transando com outro homem. Como é uma variante do sadomasoquismo, também está associado à dominação e humilhação. A mulher domina a cena e pode insultar o parceiro quanto ao tamanho do pênis ou o quanto sente mais prazer com outro.
Dogging
Neste fetiche, um casal faz sexo dentro de carros enquanto outras pessoas (geralmente homens) apenas assistem e se masturbam. Eles podem também interagir com o casal.
Ballbusting
Esse é o fetiche de homens que gostam de levar chutes e outras pequenas torturas, como choques, beliscos e mordidas, nos testículos.
Pegging
A prática é o sexo anal entre um casal heterossexual, mas envolve também inversão de papéis: a mulher que penetra o homem.
Ter um fetiche não é sinônimo de comportamentos bizarros ou doentios. Afinal, todos temos pelo menos um. É, na verdade, uma demonstração e expressão da sexualidade e de como somos diferentes até quando o assunto é sentir prazer. Você pode sentir prazer por pés, gostar de transar com roupas de couro e botas nos pés ou curtir ser amarrada. Tudo é válido desde que seja feito com consentimento.
Aliás, qual seu fetiche? Me conta aqui nos comentários.
Se você quiser conhecer outros tipos de fetiche, assista a playlist neste link.
Sobre a autora
Mayumi Sato é meio de exatas, meio de humanas. Pesquisadora e diretora de marketing do Sexlog quer ressignificar a relação das pessoas com o sexo e, para isso, acredita que é preciso colocar a mão na massa, o que inclui decodificar o comportamento humano. Ao longo dos anos, estudando e trabalhando com o mercado adulto, passou a fazer parte de uma rede de mulheres interessadas e ativistas no assunto, por isso sabe que não está – não estamos – só. Idealizadora do cínicas (www.cinicas.com.br) e feminista sex-positive.
Sobre o blog
Dados e pesquisas sobre sexo e o comportamento dos brasileiros entre quatro paredes. Muita informação, tendências, dados – e experiências próprias! - sobre o assunto. Um espaço para desafiar tabus e moralismos em torno do sexo.