Pra não passar vexame, como Cauã: explicamos tudo sobre o beijo grego
É bem provável que você já tenha ouvido falar na expressão 'beijo grego', seja na internet ou numa conversa de bar. Mas é também possível que, assim como o Cauã Reymond no Altas Horas, você se surpreenda ao descobrir que o tal do beijo grego não é o que imaginava. Se for este o caso, calma. Estou aqui para explicar.
O beijo grego nada mais é do que a prática de sexo oral na região do ânus. Em poucas palavras, é chupar aquela região do seu parceiro ou parceira. Dizem que o fato de se chamar "grego" é por ter tido sua origem na Grécia.
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Apesar de ser algo simples, a prática é carregada de polêmica e tabu, especialmente entre homens héteros que acreditam que receber este tipo estímulo de sua parceria os fazem homossexuais. Mas saiba: a região anal é repleta de terminações nervosas e tanto homens quanto mulheres sentem prazer quando estimulados.
Conversamos Michelle*, mulher hétero que adora fazer beijo grego nos homens, sobre os desafios da prática e reunimos algumas dicas importantes para você que tem vontade de praticar o beijo grego com o namorado, marido ou parceiro.
1. Tenha calma e converse
Como o beijo grego ainda é cheio de tabus, a conversa entre o casal é o primeiro passo essencial. Para Michele*, este é o ponto-chave. Ela sempre teve curiosidade de experimentar, mas seu ex-namorado era resistente. "Fui introduzindo o tema aos poucos, conversando, desconstruindo o assunto sem forçar nada. Parte do medo dos homens vem do fato de não falarmos, como sociedade, sobre o prazer anal. É como se fosse algo proibido, especialmente para a masculinidade. Depois de algum tempo, e muita conversa, meu namorado topou que eu chupasse o ânus dele. Ele se sentiu confortável e rolou mais vezes, mas o início de tudo foi o diálogo".
2. Higiene
Estamos falando do ânus, portanto é importante que a região esteja bem higienizada e agradável para que role o sexo oral e seja prazeroso para os dois lados. Uma boa dica é começar logo após o banho para evitar, inclusive, odores de suor. Use o bom senso e o que for mais agradável para você e seu parceiro.
3. Tenha calma e explore
Comece o sexo oral no pênis, depois vá, aos poucos, avançando para a região anal. Use e abuse de gel lubrificante para deslizar o dedo pelo ânus, pois isso gera mais estímulo, relaxamento e prazer. Revezar entre o ânus e o pênis é excelente e você vai sentir a resposta do corpo do seu parceiro e o que ele mais gosta. Não esqueça dos testículos, uma região super sensível e extremamente prazerosa para homens, mas vá com calma. Uma mordida, toque ou chupão mais forte pode machucar. Todos esses estímulos podem ajudar para que o beijo grego seja o ápice de algo muito maior.
4. Escolha uma posição confortável
As melhores posições para fazer o beijo grego são a famosa 'frango assado' (quem recebe o beijo fica deitado de costas com as pernas para cima) e de bruços (quem recebe fica com a barriga para baixo e o bumbum levemente empinado). O conforto é muito importante, especialmente numa primeira vez, pois vai facilitar todo o processo.
5. Proteja-se
Como todas as modalidades de sexo, o beijo grego também podem transmitir ISTs. Portanto, proteja-se. Não existem preservativos exclusivos para línguas e lábios, mas você pode cortar uma camisinha comum ao meio e usar como uma película de proteção entre você e o parceiro. Acredite: o estímulo continuará intenso.
Para Michele*, atualmente existe um movimento de desconstrução em relação à região anal por parte dos homens héteros. "Estão começando a ficar mais abertos, mas muitos ainda não estão confortáveis para falar sobre o assunto numa mesa de bar, com os amigos, por exemplo. Uma relação de confiança é importante para explorar novos horizontes na cama", diz.
Sexo não precisa ser um tabu, desde que haja consentimento mútuo, curiosidade e desejo. A região anal proporciona muito prazer e aos poucos estamos desconstruindo valores machistas que não se encaixam mais no mundo em que vivemos.
E você, já fez beijo grego? Tem alguma outra dica? Deixa nos comentários.
*Michele é um nome fícticio para proteger a identidade da entrevistada
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