Você sabe o que é PrEP? Se tem uma vida sexual ativa, deveria
PrEP é a sigla para Profilaxia Pré-Exposição, uma nova forma de prevenção do vírus HIV que será disponibilizada, de acordo com anúncio feito pelo governo brasileiro no início do ano, gratuitamente pelo SUS.
E porque você precisa se informar sobre ela?
As infecções por HIV no Brasil avançam principalmente na faixa etária de 20 a 24 anos, passando de 14,9 casos por 100 mil habitantes, em 2006, para 22,2 casos em 2016.
Outro estudo recente (Dados da Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas do Ministério da Sáude) aponta queda no uso regular de preservativos entre a faixa etária de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.
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Ou seja, o cenário geral não lá é muito animador.
A PrEP funciona como uma camada extra de proteção contra a transmissão do HIV e deve ser usada junto com o preservativo. É um comprimido, formado por duas drogas presentes no coquetel para tratamento de quem já tem o vírus, que deve ser tomado todos os dias, sem interrupções.
O medicamento é conhecido no exterior como Truvada e está no mercado desde 2012, mas custa caro.
O Brasil é o primeiro país da América Latina a oferecer a PrEP no sistema público de saúde e, além de São Paulo, estará disponível em 21 munícipios de 10 estados do país.
Mas é sempre bom reforçar. Trata-se de um método de prevenção apenas para o HIV, por isso o seu uso deve estar sempre atrelado ao uso de preservativos.
Por enquanto, a PrEP será disponbilizada apenas para o que o Governo classifica como grupos de risco (quem mantém relações sexuais sem preservativo, profissionais do sexo, homens e mulheres trans, casais sorodiscordantes – quando um tem HIV e o outro não -, gays e homens que fazem sexo com homens – HSH).
Na prática porém, sabemos que quem tem uma vida sexualmente ativa (independente do número de parceiros) também está exposto ao risco. Por isso os governos de San Francisco e Nova York já trabalham para que o tratamento seja acessível para todas as pessoas. Por aqui, torcemos para que esse primeiro avanço também seja só o começo de novas melhorias no projeto.
Para quem se interessar, seja pelo SUS ou através de tratamento particular, procure um médico para entender como a PrEP pode ser incorporada ao seu dia-a-dia. Afinal, quem quer transar precisa fazer escolhas com consciência e responsabilidade!
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