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Como paquerar de máscara? Brasileiros dão um jeitinho!

Universa

13/09/2020 04h00

Photo by cottonbro from Pexels

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo aplicativo de paquera happn, revelou que usar máscaras cobrindo o rosto pode estar impedindo as pessoas solteiras de se aproximarem em público. Sentir atração por alguém sem ver a boca, aparentemente, se tornou um empecilho ainda maior entre solteiros e solteiras mais velhas.

Dentre os entrevistados, 57% dos jovens, com idade entre 18 e 34 anos, respondeu que esse não é um grande problema na hora de paquerar. Já entre pessoas de 45 a 55 anos, apenas 29% respondeu que conseguiria sentir atração por alguém mesmo sem conferir o seu sorriso. Na média geral, 46% do público consultado pela pesquisa, diz que não há como sentir atração com a máscara, pois ver o rosto inteiro é fundamental.

Marine Ravinet, chefe de tendências da happn, explicou em um comunicado: "As conexões podem ser formadas de muitas maneiras diferentes, mas sabemos que esse momento inicial de atração é difícil de ignorar. Dito isso, com nossas abordagens em relação ao namoro mudando tão drasticamente nos últimos meses, não é surpresa que os solteiros estejam encontrando novas maneiras de se sentirem confiantes depois de ficarem fora do jogo por um tempo."

Como entendo que a paquera brasileira é completamente diferente da norte-americana, tratei de lançar uma pesquisa nas redes sociais pra conferir o impacto das máscaras na vida de quem tá solto na pista. Foram 722 pessoas respondentes e, pasme, para a maioria a máscara não causa o menor desconforto:

73,41% acha que o flerte rola tranquilo, sem problemas, é só uma questão de adaptação.
26,59% respondeu que nem pensar, só vai paquerar quando der pra ficar sem máscara mesmo!

Para os aventureiros que já colocaram essa nova modalidade de paquerar de máscara em prática (foram 417 pessoas no total), o resultado foi bem dividido:
Deu tudo certo para 50,12%
E deu tudo errado para 49,88%

Alguns depoimentos explicaram (ou não) um pouco mais o que rolou:

"Minha primeira tentativa foi chocante, no mal sentido."

"A gente se fala por olhares" 

"Deu certo, uma paquera olho no olho."

"Foi massa e chegamos a transar." (será que foi de máscara?)

"Igual ao episódio do pica pau." (deixo a interpretação livre)

"A gente tira e dá uns beijinhos." (mas pode isso, Arnaldo?)

"Toda mulher fica linda de máscara. Fica só o olhar!"

"Olhares! Olhares! Depois deu pra ver o sorriso dela pelos olhos."

"Paquerei com a foto do whats. Eu disse "eu sou assim sem máscara. e aí, o papo continua?" (spoiler: continuou!)

"Foi simplesmente horrível"

Parece que estamos longe de um consenso sobre as máscaras na hora do flerte, mas a ordem do dia é tentar se adaptar. Esse acaba sendo um incentivo ainda maior para que as paqueras sejam iniciadas online, onde sorrisos podem ser dados com segurança, antes de partir para o encontro ao vivo. Mas, na falta dessa possibilidade, a sugestão é encarar e testar.

Mas e você, tem conseguido encontrar beleza através dos olhos alheios? Acha que um sorriso ao vivo é fundamental? Me conta nos comentários!

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Sobre a autora

Mayumi Sato é meio de exatas, meio de humanas. Pesquisadora e diretora de marketing do Sexlog quer ressignificar a relação das pessoas com o sexo e, para isso, acredita que é preciso colocar a mão na massa, o que inclui decodificar o comportamento humano. Ao longo dos anos, estudando e trabalhando com o mercado adulto, passou a fazer parte de uma rede de mulheres interessadas e ativistas no assunto, por isso sabe que não está – não estamos – só. Idealizadora do cínicas (www.cinicas.com.br) e feminista sex-positive.

Sobre o blog

Dados e pesquisas sobre sexo e o comportamento dos brasileiros entre quatro paredes. Muita informação, tendências, dados – e experiências próprias! - sobre o assunto. Um espaço para desafiar tabus e moralismos em torno do sexo.

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