Mayumi Sato http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br Dados e pesquisas sobre sexo e o comportamento dos brasileiros entre quatro paredes. Muita informação, tendências, dados – e experiências próprias! - sobre o assunto. Um espaço para desafiar tabus e moralismos em torno do sexo. Sun, 13 Sep 2020 07:00:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Como paquerar de máscara? Brasileiros dão um jeitinho! http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/09/13/como-paquerar-de-mascara-brasileiros-dao-um-jeitinho/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/09/13/como-paquerar-de-mascara-brasileiros-dao-um-jeitinho/#respond Sun, 13 Sep 2020 07:00:18 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=791

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Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo aplicativo de paquera happn, revelou que usar máscaras cobrindo o rosto pode estar impedindo as pessoas solteiras de se aproximarem em público. Sentir atração por alguém sem ver a boca, aparentemente, se tornou um empecilho ainda maior entre solteiros e solteiras mais velhas.

Dentre os entrevistados, 57% dos jovens, com idade entre 18 e 34 anos, respondeu que esse não é um grande problema na hora de paquerar. Já entre pessoas de 45 a 55 anos, apenas 29% respondeu que conseguiria sentir atração por alguém mesmo sem conferir o seu sorriso. Na média geral, 46% do público consultado pela pesquisa, diz que não há como sentir atração com a máscara, pois ver o rosto inteiro é fundamental.

Marine Ravinet, chefe de tendências da happn, explicou em um comunicado: “As conexões podem ser formadas de muitas maneiras diferentes, mas sabemos que esse momento inicial de atração é difícil de ignorar. Dito isso, com nossas abordagens em relação ao namoro mudando tão drasticamente nos últimos meses, não é surpresa que os solteiros estejam encontrando novas maneiras de se sentirem confiantes depois de ficarem fora do jogo por um tempo.”

Como entendo que a paquera brasileira é completamente diferente da norte-americana, tratei de lançar uma pesquisa nas redes sociais pra conferir o impacto das máscaras na vida de quem tá solto na pista. Foram 722 pessoas respondentes e, pasme, para a maioria a máscara não causa o menor desconforto:

73,41% acha que o flerte rola tranquilo, sem problemas, é só uma questão de adaptação.
26,59% respondeu que nem pensar, só vai paquerar quando der pra ficar sem máscara mesmo!

Para os aventureiros que já colocaram essa nova modalidade de paquerar de máscara em prática (foram 417 pessoas no total), o resultado foi bem dividido:
Deu tudo certo para 50,12%
E deu tudo errado para 49,88%

Alguns depoimentos explicaram (ou não) um pouco mais o que rolou:

“Minha primeira tentativa foi chocante, no mal sentido.”

“A gente se fala por olhares” 

“Deu certo, uma paquera olho no olho.”

“Foi massa e chegamos a transar.” (será que foi de máscara?)

“Igual ao episódio do pica pau.” (deixo a interpretação livre)

“A gente tira e dá uns beijinhos.” (mas pode isso, Arnaldo?)

“Toda mulher fica linda de máscara. Fica só o olhar!”

“Olhares! Olhares! Depois deu pra ver o sorriso dela pelos olhos.”

“Paquerei com a foto do whats. Eu disse “eu sou assim sem máscara. e aí, o papo continua?” (spoiler: continuou!)

“Foi simplesmente horrível”

Parece que estamos longe de um consenso sobre as máscaras na hora do flerte, mas a ordem do dia é tentar se adaptar. Esse acaba sendo um incentivo ainda maior para que as paqueras sejam iniciadas online, onde sorrisos podem ser dados com segurança, antes de partir para o encontro ao vivo. Mas, na falta dessa possibilidade, a sugestão é encarar e testar.

Mas e você, tem conseguido encontrar beleza através dos olhos alheios? Acha que um sorriso ao vivo é fundamental? Me conta nos comentários!

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Dia do Sexo no isolamento: fetiches e fantasias para você realizar em casa http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/09/06/comemore-o-dia-do-sexo-fetiches-e-fantasias-para-voce-realizar-em-casa/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/09/06/comemore-o-dia-do-sexo-fetiches-e-fantasias-para-voce-realizar-em-casa/#respond Sun, 06 Sep 2020 07:00:07 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=783 Hoje é Dia do Sexo e, apesar de não ser um dia santo, tampouco feriado nacional (uma falha grave do nosso sistema), faz sentido que nós – entusiastas do tema – celebremos como for possível dadas as circunstâncias pandêmicas atuais.

Dito isso, trouxe algumas sugestões para que você comemore o Dia do Sexo no conforto do seu lar, praticando o isolamento social e ainda assim se divertindo pra valer. Ah! Tem dicas para pessoas solteiras ou acompanhadas. Ou seja, não é pra deixar ninguém de fora.

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Bora então para a lista de fetiches e fantasias pra realizar em casa, durante a quarentena:

  • Exibicionismo: um fetiche comum, que consiste na excitação em ser observado(a) e excitar quem observa, não necessariamente relacionada a nudez (mas muito comum também). Algo fácil de realizar no dia a dia, mas que acabou se tornando complexo com as orientações de distanciamento social. A nossa sorte é que hoje em dia dá pra fazer isso a partir de um celular ou webcam. Só é importante seguir algumas regras básicas para não se expor a riscos que podem ter impactos para além do virtual, como: usar plataformas seguras, com ferramentas de proteção como marcas d’água pra evitar o vazamento da sua imagem (nada de sair ligando skype ou a live do insta hein!)

Neste vídeo, o Pintoche traz 10 dicas essenciais pra quem quer se exibir por aí:

  • Voyeurismo: para cada exibicionista há de existir um voyeur, que é justamente a pessoa que se excita em observar, sem fazer questão de participar da cena de alguma forma. Olhar é o ponto alto da prática!

  • Sexting e mensagens de voz excitantes: o conceito de sexo vem sendo ampliado a partir da popularização de novas tecnologias. Não dá mais pra limitar sexo a uma interação ao vivo quando somos capazes de nos excitar e gozar juntos a partir de sentidos como a visão, trocando mensagens de texto picantes, e a audição, com áudios super safados. Se você está sem inspiração, a dica é ouvir alguns contos eróticos por aí. Você vai ver que não precisa estar ao lado do ser desejado para levá-lo(a) à loucura!
  • DP com sextoys: a dupla penetração é um tema super popular nos sites de pornografia, mas tirá-la da fantasia para a realidade pode ser um pouco mais complicada. Uma opção é tentar com sextoys. Dá pra usar ânus e vaginas, ou seja, não tem limitação de gênero aqui e tampouco diz respeito à orientação sexual. Basta escolher os sextoys certos e respeitar os limites do próprio corpo!

Aqui o Pintoche aparece de novo pra tirar algumas dúvidas da galera sobre sexo, incluindo o tal do DP:

  • Homens usam calcinha, mulheres usam cueca: um fetiche conhecido como crossdressing, onde a excitação está em vestir roupas íntimas tradicionalmente relacionadas ao sexo oposto. Também chamado de Sissy ou CDzinha, o primeiro termo mais relacionado ao fetiche de submissão e o segundo mais a ver com o próprio indivíduo mesmo (ou seja, não requer a interação com mais ninguém para que a excitação ocorra).

  • Gimnofilia: esse é o fetiche de transar de roupas, sem nudez. Então, veja bem. Longe de mim sugerir que você saia do isolamento pra transar por aí, mas caso aconteça, lembre-se que é possível transar vestido e isso pode muito bem incluir o uso de máscara 🙂

  • Dogging: outra alternativa pra quem não tá conseguindo ficar só dentro de casa, mas que pode ser uma opção um pouco mais segura pra tempos de pandemia. O dogging é uma prática bem comum que envolve pessoas transando ou se exibindo dentro de carros enquanto outras pessoas observam do lado de fora. Com máscara, distanciamento mínimo e vidros fechados (e, claro, praticado em locais e horários em que as pessoas já se reunem pra isso), pode apimentar a vida de casais, por exemplo, que estão sedentos por uma aventura!

  • Sinforofilia: por fim, essa é nova pra mim também! Mas há quem se excite assistindo/observando tragédias, ou seja, basta ligar a tv, né? 🙁

E você, como pretende comemorar o Dia do Sexo? Conta pra gente nos comentários!

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Você lembra do último crush que não conheceu pela internet? http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/30/voce-lembra-do-ultimo-crush-que-nao-conheceu-pela-internet/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/30/voce-lembra-do-ultimo-crush-que-nao-conheceu-pela-internet/#respond Sun, 30 Aug 2020 07:00:04 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=774

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Um estudo realizado com casais heterossexuais americanos indica que, de 2013 para cá, a maior parte dos encontros românticos aconteceu sem a intermediação de humanos, ou seja, não foi através de contatos de amigos e familiares.

Para muitos, é tão corriqueiro utilizar aplicativos para encontros e paquera que é difícil lembrar que um dia já tivemos que nos virar para conhecer pessoas novas 100% offline.

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Mas, é sempre bom lembrar que esse é um costume super recente na história da humanidade. Até por volta de 1940, o mais comum era conhecer pretendentes através da sua família, na igreja, vizinhança ou na escola/colegial. A partir desse período, o mais comum passou a ser através dos amigos e ainda dos familiares. Mas, de 1995 pra cá, tudo começou a mudar.

Foi com a introdução da internet gráfica em 1995 (com imagens, pois pra quem não lembra no princípio o mundo online era um monte de letrinhas verdes num fundo preto, sem imagens, memes ou figurinhas) e, depois, com a popularização dos smartphones lá por volta de 2007, que costumes milenares viraram de cabeça pra baixo e o romance da vida real passou a depender cada vez mais de uma conexão de internet. E foi a partir de 2013 que essa forma de conhecer novas pessoas superou todas as outras.

Por outro lado, resolvi rodar uma pesquisa no Sexlog.com pra conferir quantos dos casais que circulam pela rede social se conheceram graças à internet. O resultado surpreendeu: das 1.362 pessoas consultadas, 65,6% se conheceu fora da internet, sem nenhuma ajudinha de aplicativos e afins.

É importante enfatizar que a média de idade dos casais consultados era de 35 a 45 anos, ou seja, são pessoas que não são “nativos de internet”, pois vieram a se familiarizar com a tecnologia ao longo da sua juventude. É um resultado que, provavelmente, não seria replicado em gerações mais recentes.

Mas, voltando aos nossos entrevistados, 84% dos relacionamentos começou há mais de 5 anos. Apenas 2% é de relacionamentos recentes, com menos de 1 ano. E eles se conheceram de formas muito diversas:

33% através de amigos em comum
20% no trabalho
18% no bar, balada ou clube
e 8% na faculdade
outras respostas, como por exemplo, na praia e na igreja, somaram 21%

Curiosa que sou, pedi para que alguns deles me contassem como tudo aconteceu:

“Coisa de quem mora no interior: festas de fim de ano, a praça da matriz fica enfeitada com parque de diversões e ficava aquela azaração. Nos paqueramos, um amigo nos apresentou e tudo aconteceu!” @ccorreia

“Nos conhecemos ainda adolescentes no colégio. Namoramos durante alguns anos e depois casamos, estamos juntos há mais de 30 anos. Juntos e felizes!” @casaldobemmaduro7172

“Nos conhecemos em um antigo pagode muito famoso do Piscinão de Ramos, o Pagode do Litrão. Ambos éramos casados, nos separamos e estamos aí até hoje, curtindo o mundo liberal.” @cornoeputa2830

“Ele é amigo do meu primo e falou para o mesmo que estava interessado em mim. Meu primo passou meu telefone e começamos a conversar até que finalmente ele me pediu em namoro e desde então estamos juntos.” @love_couple20

“Ela trabalhava numa panificadora onde eu tomava café!” @casalitapoa1202

Pois é, aparentemente ainda não estamos tão dependentes da internet no que diz respeito a relacionamentos. Ou estamos? Me conta nos comentários como você conheceu o seu grande amor!

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Furou a quarentena e pulou a cerca: relatos de traições na pandemia http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/23/furou-a-quarentena-e-pulou-a-cerca-relatos-de-traicoes-na-pandemia/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/23/furou-a-quarentena-e-pulou-a-cerca-relatos-de-traicoes-na-pandemia/#respond Sun, 23 Aug 2020 07:00:24 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=766

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45% dessas mulheres afirmam terem sido traídas durante a quarentena, ou seja, de março de 2020 pra cá. É o que diz uma pesquisa recente, conduzida pelo site americano de encontros Dating.com.

Maria Sullivan, vice-presidente do site, comenta o levantamento: “O isolamento trouxe uma pressão grande para muitos relacionamentos e colocaram essas conexões à prova. As distrações da vida cotidiana foram removidas durante a quarentena e, infelizmente, muitos casais foram incapazes de redescobrir essa conexão mais profunda.” Aqui no Brasil, aparentemente, essa realidade não é tão diferente: desde o início do isolamento social os pedidos de divórcio aumentaram em 177%.

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Pra entender um pouco mais sobre o assunto, encomendei uma pesquisa para o Sexlog.com, que foi respondida por mais de 22 mil pessoas. Perguntei quem foi traído(a) nos últimos seis meses e como descobriu o ato. Importante dizer que essa segunda pesquisa tem um recorte diferente daquela realizada nos Estados Unidos, pois foi feita no Brasil e dentro de uma rede social de sexo para casais, ou seja, num ambiente que tem, naturalmente, uma visão – digamos – um pouco menos rígida do que significa infidelidade. E esse foi o resultado:

Das 22.461 pessoas que responderam, 6% foram traídas nos últimos seis meses, um total de 1.438 pessoas pegas de surpresa durante a quarentena

Como elas descobriram?
43% leu conversas online;
21% a pessoa traidora admitiu;
13% alguém contou pro traído o que estava rolando;
12%, babado!, foi pego no flagra;
11% fez a descoberta de outras formas e não quis entrar em detalhes.

Se você faz parte do grupo que está desconfiado(a) de estar sendo passado(a) pra trás, aqui vão alguns depoimentos de quem – durante o isolamento social – ainda teve que aguentar essa situação terrível. O pessoal detalha como descobriu tudo:

Cuidado com o whats!
“Eu já vinha desconfiando do comportamento do meu ex namorado. Até que um dia ele esqueceu o whatsApp logado no meu computador e li as conversas dele com VÁRIAS mulheres. Pediu perdão, jurou que ia mudar mas não dava mais. Pura hipocrisia pois sempre o convidei pro mundo liberal mas ele nunca topou.” (@pretacarioca90)

Traição com final feliz
“Eu sempre disse a ela que quando ela quisesse outro homem, eu adoraria participar. Ela saiu com um homem e admitiu o quanto foi bom. Eu adorei a ideia e tbm saí com uma mulher, que hoje faz parte da nossa relação sexual.” (@homemcarente44)

Porteiro delator!
“Meu porteiro falou que vinha um homem pra minha casa toda vez que eu saia pra trabalhar. Esse cara era amigo de trabalho de minha mulher. Havia a desculpa da carona, mas na verdade eles estavam f#d*nd% na minha casa.” (@carlinhos_fuzileiro)

O desconfiado traidor
“Ele estava jogando a culpa em mim. Pegou meu celular e começou a vasculhar meu whatsapp, não achou nada porque, quando estou num relacionamento, não traio. Mas quando eu vasculhei o celular dele encontrei várias conversas no Facebook. Mandei que ele saísse da minha vida e da minha casa na mesma hora. Não preciso de homem babaca na minha vida.”(@gulosa1978)

Vídeo é traição?
“Peguei no telefone dela um vídeo que fez pra um cara. Nele, aparece de roupa normal conversando com ele e no final ela diz ‘não sei o que você quer ver’. Fui questioná-la e ela começou a chorar e me pedir desculpas, falou que estava morrendo de vergonha e não tinha tinha rolado nada de mais… E depois tive certeza de que não rolou nada mesmo entre eles. Mas só dela ter gravado esse vídeo pro cara, pra mim, foi uma traição.” (@andradeb)

Enganado pela suruba
“Já haviam me dado um toque e resolvi investigar: peguei ela na casa de um amigo fazendo uma suruba com ele e mais dois caras.” (@gatoamigoassis)

Traição no mundo liberal
“Éramos do mundo liberal só tínhamos algumas regras, tipo não sair com pessoas do nosso convívio social. Porém, me traiu com uma amiga minha e saiu de casa para viver com ela.” (@gordeliciaquer)

Pois é, apesar de alguns casais viverem relacionamentos abertos, liberais e livres (a forma de chamar varia bastante), isso não significa que suas relações estejam livres de traição. Cada um deles estabelece suas regras que são parte da estrutura que sustenta sua conexão e cumplicidade.

E você, já foi traído(a)? Acha que o isolamento tende a aumentar ou diminuir essas situações na vida dos casais? Deixe seu comentário

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Casais de swing contam do que sentem saudade em tempos de pandemia! http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/16/casais-de-swing-contam-do-que-sentem-saudade-em-tempos-de-pandemia/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/16/casais-de-swing-contam-do-que-sentem-saudade-em-tempos-de-pandemia/#respond Sun, 16 Aug 2020 07:00:08 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=757

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Já perdi as contas de quantas matérias, artigos, posts, comentários e tweets sobre saudades eu li desde o início da quarentena. Eu mesma, confesso, publiquei alguns nas minhas redes sociais (com destaque para a saudade das aulas de natação, pois ainda não sei se cloro mata o vírus e não estou disposta a descobrir na prática).

No que diz respeito a sexo, tem gente com saudade do crush, do contatinho, de se aventurar num sexo casual, de dormir de conchinha e até daquele sexo meia-boca pós balada, com gostinho de erro e jeitinho de ressaca moral. Até disso, às vezes, bate uma nostalgia.

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Para os praticantes do swing, um rolê meio 50 Tons de Cinza ou De Olhos Bem Fechados, fazia parte do dia a dia. Até que chegou o tal do distanciamento social e… pra quando mesmo está prevista a reabertura das casas de swing?

Bom, enquanto a resposta não vem, usuários do APP Ysos começaram a compartilhar do que sentem falta por não poderem ir a uma casa de swing. Dos 250 mil usuários do app, 38% frequentavam essas casas regularmente antes da covid-19 acabar com a festa. Entre eles temos 81% de casais e 19% de pessoas solteiras.

E são eles que dizem do que mais sentem falta:

“Glory Hole, ménage e a paquera. Saudades de conversar com os casais”
“O som das pessoas gemendo”
“Dançar, conhecer gente nova, flertar e comentar com as amigas fazendo o jogo do “é casal real ou não é?“”
“O sofá coletivo para troca de casais”

Entre os que foram apenas uma vez (33%) e os que frequentavam constantemente (67%) também tivemos respostas interessantes:

“O ambiente com toda a excitação que a noite traz”
“Ser visto levando um beijo grego”
“O labirinto” (pra quem não sabe, é o nome dado ao ambiente da casa de swing dedicado ao sexo. ao contrário do que muitos imaginam, não é em todo lugar que é permitido transar)
“Da minha ex esposa que me acompanhava” (outro tipo de saudade se apresentando: a da ex! Em muitos casos nem precisa de quarentena pra isto…)

Poucas pessoas (11%) entre os entrevistados disseram que não voltariam a uma casa de swing, enquanto a maioria (89%) quer voltar e está ansiosa pela liberação, sentindo falta de coisas como:

“O cheiro de sexo!”
“O respeito que as pessoas tinham. Não eram invasivos”
“A surpresa do que pode acontecer. Cada visita é uma experiência diferente”
“Transar no quarto aberto esperando mais casais pra compartilhar”

Dá até uma vontade de já ter ido também para ter histórias pra contar ou de voltar, não é mesmo? Pense bem e se organize pra visitar uma quando a pandemia passar. Não precisa esperar ninguém te chamar! 78% nos disse que foram por conta própria, enquanto 22% foi a convite de alguém e lembram o que ficou marcado pra eles:

“A cama gigante com todo mundo se pegando”
“A troca de olhares, as caras e bocas sempre esperando a reciprocidade”
“As brincadeiras a 3”
“Mulheres flertando com mulheres”

Pois é, motivos pra sentir saudades de uma casa de swing aparentemente não faltam. São variados e instigam a imaginação de quem nunca se aventurou numa noite dessas. Só nos resta torcer pra vacina chegar e a gente tirar o atraso!

E você, já foi numa casa de swing? Sente falta de realizar alguma fantasia? Conta pra gente nos comentários!

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Consumo de pornografia só aumenta na pandemia: estamos viciados? http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/09/consumo-de-pornografia-so-aumenta-na-pandemia-estamos-viciados/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/09/consumo-de-pornografia-so-aumenta-na-pandemia-estamos-viciados/#respond Sun, 09 Aug 2020 07:00:43 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=748

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Com a continuidade da pandemia e a necessidade de nos mantermos, dentro do possível, em isolamento, tem acontecido de pessoas próximas virem me consultar para pedir dicas de onde comprar seus sextoys e, também, onde assistir pornografia.

O interessante é que, em ambos os casos, as perguntas são majoritariamente feitas por mulheres. O que não significa que elas não se interessassem por esses assuntos antes, mas talvez estivessem mais envolvidas em outras atividades, em encontros reais ou apenas não tenham sido “educadas” a consumir pornografia. É uma hipótese.

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E essa hipótese vem acompanhada de um relato que li um dia desses, num grupo fechado de facebook, de um homem solteiro que, por conta do isolamento social já não aguenta mais assistir pornô. Segundo ele, os últimos meses foram de puro vício, mas agora ele se deu conta do que estava rolando e aboliu de vez esse tipo de entretenimento.

Essa percepção de vício em pornografia faz bastante sentido, principalmente na situação atual, em que temos sido privados de muitas atividades e acabamos tentando encontrar outras válvulas de escape da angústia do dia a dia. O Pornhub, um dos sites de conteúdo adulto mais populares do mundo, vem apresentando aumentos consideráveis de consumo de pornografia desde o início da pandemia, com um destaque para o Brasil:

Via Pornhub Insights

Pensando nisso, resolvi consultar um especialista sobre o assunto, o Fernando Calderan, médico psiquiatra, terapeuta sexual, prescritor de Cannabis Medicinal em Santos. Ele escreve para o blog Espaço Consciência e aceitou gentilmente a responder as minhas dúvidas sobre vício o tema:

A pandemia e a necessidade de isolamento social podem gerar um ambiente propício para o desenvolvimento de vícios?
Sim. Com certeza a quarentena trouxe vários desajustes. O isolamento pode ser um campo fértil para compulsões a medida que combina solidão e ansiedade.

O tema é recorrente em seus atendimentos? Quais são as queixas de quem percebe esse tipo de problema?
Vicio em pornografia é um problema que tem se tornado cada vez mais comum. A insatisfação vem da parceria na maioria das vezes. Quando a própria pessoa busca ajuda é por conta de estar interferindo no trabalho e relacionamentos, gerando sintomas ansiosos ou depressivos.

E é possível traçar um perfil comum a essas pessoas?
Não existe um perfil pré definido, mas está associado mais frequentemente a personalidades ansiosas, entre os mais jovens e momentos de vida de baixa estima, desemprego, perdas recentes. Pessoas deprimidas e ansiosas tendem a ter uma maior probalidade de consumo excessivo na tentativa de alívio desses sintomas.

Alguns grupos defendem a abolição da pornografia, enquanto outros argumentam que se trata de um entretenimento como qualquer outro e que é possível consumi-lo de forma saudável. A partir dos seus atendimentos e vivência no consultório, qual a sua visão sobre o tema?
A própria existência do “vicio” em pornografia é controversa. Pois não existe um parâmetro de normal e anormal. Ela afeta em torno de 1 a 3 % dos consumidores de pornografia, portanto o índice é baixo. Caso o consumo comprometa o funcionamento pragmático ou psíquico do indivíduo é considerado um questão que precisa ser tratada. A pornografia também traz liberdade, reduz estresse, ensina sobre sexualidade (as vezes de maneira perversa e pejorativa), traz possibilidade de vivências de fantasias e fetiches. Portanto também pode ter aspectos positivos.

E o que caracteriza o vício em pornografia?
Consumo prejudicial seria comprometimento físico e ou psíquico, gerando sintomas ou prejuízos funcionais em diferentes áreas da vida ( trabalho, relacionamentos, família, etc).

Quem está em dúvida se tem uma relação saudável ou não com esse tipo de conteúdo, quais são os indícios de que é preciso tomar cuidado?
Pontos a serem observados: quanto tempo gasta por dia com pornografia, se diariamente ou esporadicamente. Se ter orgasmo está se tornando possível somente com o consumo da pornografia. Se ela está aumentando afim de “tratar” uma depressão, ansiedade ou está relacionada a alguma perda. Se existe urgência ou necessidade de consumir pornografia de forma crescente.

Você tem dicas práticas para quem deseja consumir pornografia, mas não quer se tornar dependente dela?
Pornografia pode ser mais uma forma de explorar o mundo da sexualidade, sem se tornar uma necessidade e sem depender dela para nada. 

Espero que essas informações sejam úteis para quem está se questionando sobre o consumo excessivo de material pornográfico. Vivemos momentos difíceis, com desafios inesperados e, cuidar da nossa saúde mental, tornou-se ainda mais fundamental.

Comportamentos que atrapalham a vida cotidiana, amorosa e o trabalho, merecem atenção e, muitas vezes, a ajuda de profissionais capacitados, como o Dr. Fernando, para tratar do assunto.

Cansamos de ouvir: “tudo em excesso faz mal”, mas essa frase não é um clichê à toa. Vale lembrar que ela se aplica, inclusive, ao que encaramos como entretenimento.

 

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Demissexual: talvez você seja e não saiba! http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/02/demissexual-talvez-voce-seja-e-nao-saiba/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/08/02/demissexual-talvez-voce-seja-e-nao-saiba/#respond Sun, 02 Aug 2020 07:00:47 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=741

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Dia desses passei vergonha ao mencionar que uma festinha online programada para o fim de semana seria voltada para o público GLS. Pelo zoom, percebi os olhares confusos dos meus amigos millennials que, atordoados, deram um google na mesma hora pra entender do que eu estava falando.

GLS é uma sigla antiga, superada, que lá nos anos 80 tentava explicar orientações sexuais para além da heterossexualidade. G é de gay, L de lésbica e S de simpatizante. Ou seja, deixava muita gente de fora, sem uma classificação assertiva de diversas outras orientações sexuais e identidade de gênero. Pra nossa sorte, de lá pra cá o mundo passou por muitas transformações e uma delas foi a de substituir a sigla GLS por uma mais abrangente, sendo hoje em dia o mais correto mencionar a sigla LGBTQI+.

Motivada pelo meu próprio ato falho, tratei de dar uma olhada nessa lista atualizada de orientações e identidades de gênero e, ao pesquisar a fundo, me deparei com uma definição interessante, a da demissexualidade: pessoas cuja atração sexual surge somente quando existe um envolvimento emocional, afetivo ou intelectual.

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Pode ser que você esteja pensando o mesmo que eu: “talvez então eu seja demissexual”. Mas o que exatamente difere alguém que é “demi” de outra pessoa que também se atrai sexualmente por quem elas se envolvem emocionalmente?

Bom, digamos que no caso da pessoa demi, isso acontece 100% das vezes. Ou seja, não há possibilidade dela se interessar sexualmente por alguém e DEPOIS haver conexão entre elas. A conexão é, invariavelmente, o gatilho inicial de qualquer possibilidade de atração sexual.

Para tirar as nossas dúvidas fui falar com duas pessoas demi para que elas pudessem explicar melhor: Conversei com a Camila (21 anos, Bauru/SP) e com o Rafael (33 anos, Macatuba/SP) e aprendi muito com eles:

Como vocês definem a demissexualidade?

Camila – A definição mais comum é algo como “sentir atração sexual somente quando há uma relação de intimidade, afeto ou carinho”. Pra mim, a demissexualidade é uma forma de viver a sexualidade sem que o ato sexual seja central ou essencial. O sexo pode até ser fonte de prazer, mas o prazer não vem só dele, está muito mais em ter um momento de carinho a dois, independentemente de fazer sexo.

Rafael – Minha definição é aquela em que, para que haja o interesse sexual, primeiro é necessário algum tipo de conexão afetiva.

Para vocês, se relacionar com alguém que também é demissexual é importante ou não faz diferença?

Camila – Isso ainda não aconteceu, mas não acho que seja necessário/essencial, mas seria interessante, talvez facilitasse algumas situações. Por exemplo, muitas vezes quero ter um momento de carinho, de toque, que não tenha uma conotação sexual, que não seja “preliminar” pra algo que vem depois.

Rafael – Desde que o parceiro compreenda e respeite, por mim tudo bem. O importante é ser uma pessoa bacana.

As pessoas mais próximas de você sabem sobre a sua demissexualidade? É algo fácil de explicar e delas entenderem?

Camila – Poucas pessoas sabem, não é algo que eu comento muito. Tenho sorte que minhas amizades são bem abertas e dispostas a escutar. Não sei se os outros entendem, mas de forma geral eu me sinto acolhida. As situações mais difíceis aparecem quando eu estou conhecendo alguém, quando acho que as pessoas esperam que em algum momento algo de sexual aconteça (pode ser um beijo mesmo).

Rafael – Os amigos mais próximos sabem. Inclusive, em sua maioria, eles são bem sintonizados em assuntos sexuais e devem ter ouvido falar sobre o tema antes de mim rs.

Qual a confusão mais comum que as pessoas fazem quando pensam sobre demissexualidade?

Camila – Ela é compreendida no espectro da assexualidade. Nesse sentido, é comum que as pessoas confundam esses dois termos, ou seja, que as pessoas pensem que demissexuais não sentem atração sexual em nenhum momento, ou que não gostem nunca de ter relações sexuais. Isso varia de pessoa para pessoa. Mas uma preocupação minha é de que as pessoas interpretem como uma espécie de “moralidade”, algo do tipo “sexo só depois do casamento”. O que não tem nada a ver.

Rafael – Sendo homem, acho que a principal confusão foi o questionamento da minha “masculinidade”. Foi mais agudo durante a adolescência, quando meus amigos – de ambos os sexos – não aceitavam que eu me recusasse a ficar com uma menina que estava interessada em mim. Uma dúvida recorrente que tive que responder mais vezes do que gostaria: ‘se eu gosto de mulheres e sou um grande admirador da beleza feminina’. quando vejo uma bela mulher, o sentimento que primeiro me ocorre é o da apreciação, o encanto. A atração sexual vem depois, com o afeto.

Em que momento vocês se entenderam demissexuais?

Rafael – Quando eu comecei a sentir uma grande atração sexual por uma amiga, que depois viria a ser minha primeira namorada.

Camila – Na adolescência eu já percebia que não tinha muito interesse em ficar com outras pessoas, flertar, beijar, etc. Mas às vezes a gente acha que precisa se comportar de uma certa forma porque é o “normal”. É “normal” gostar muito de sexo, por exemplo, pelo menos é algo que eu escuto bastante. Por causa disso, muitas vezes acabei me colocando em situações que me deixavam muito desconfortável. Sempre foi um sentimento constante de “o que eu tô fazendo aqui?”.

Nessa época me deparei com alguns textos sobre demissexualidade e foi como se alguém tirasse um peso da minhas costas! Tudo fez sentido. Significava que eu não tinha nenhum defeito por achar que sexo nem é “tudo isso” que todo mundo fala.

Quando entrei na universidade fiquei um pouco confusa, mas me deparei novamente com um texto sobre o assunto, por causa de um grupo de estudos que eu participo, e acabei descobrindo sobre outras “posições” no espectro da assexualidade, posições que as pessoas chamam de “área cinza” ou gray-a. De forma bem geral, as pessoas da área cinza podem sentir atração sexual em determinadas situações, mas não é sempre. Foi como se eu me encontrasse de novo. Fiquei muito emocionada lendo o texto, porque outra vez eu tinha construído a ideia de que eu tinha algum problema e que por isso não conseguia me aproximar das pessoas. Então hoje eu me identifico tanto com a demissexualidade quanto com essa área cinzenta.

Existem grupos/locais/sites para se informar e conversar sobre o tema?

Camila – Até tem, mas eu não conheço muita coisa. Sei que existem grupos no Facebook e o trabalho de um coletivo muito legal chamado Abrace.

Rafael – Talvez blogs que abordam sexualidade, mas nunca procurei me informar sobre. Eu meio que descobri o termo por acaso lendo um deles.

Se descobrir demissexual trouxe alguma mudança para a sua vida?

Camila – Pra mim, é interessante perceber como as pessoas reproduzem certos comportamentos sem pensar ou prestar atenção no porquê estão agindo de um forma ou de outra. Por isso, no meu caso, me identificar com a demissexualidade me ajuda a me respeitar, reconhecer o que eu quero e o que eu não quero, o que faz sentido pra mim e o que não faz e poder falar sobre isso. E tudo fica mais fácil quando você descobre que outras pessoas sentem de uma forma semelhante, porque a partir desse momento existe um reconhecimento e você percebe que seus sentimentos são válidos.

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Tesão para os seus ouvidos: dicas de podcasts de contos eróticos http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/07/26/tesao-para-os-seus-ouvidos-contos-eroticos-chegam-na-onda-dos-podcasts/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/07/26/tesao-para-os-seus-ouvidos-contos-eroticos-chegam-na-onda-dos-podcasts/#respond Sun, 26 Jul 2020 07:00:47 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=732

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Que a pandemia está sendo um impulso para que a gente se reinvente a fim de driblar o tédio não há dúvida. Hábitos estão sendo revistos, outros criados e coisas que nem passavam pelas nossas cabeças acabaram entrando na rotina.

Como, por exemplo, escutar a narração de contos eróticos, no formato de podcast.

Somos o segundo maior mercado do mundo para podcasts, mas o curioso mesmo é notar que, independente do formato, os contos eróticos continuem em alta. E eles são muito mais antigos do que possamos imaginar: é quase impossível pensar nesse tipo de conteúdo sem lembrar das revistas “Sabrina”, “Julia” e “Bianca” que faziam sucesso nos anos 70 e eram vendidas nas bancas de jornal.

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Bom, talvez você não tenha idade pra lembrar de “Sabrina”, mas pode ser que tenha lido contos eróticos em revistas femininas, com relatos de histórias reais e fantasias das próprias leitoras.

Pensando bem, é interessante lembrar que eu mesma tive contato pela primeira vez com esse conteúdo erótico numa sala de espera de dentista, rodeada de outras mulheres que também liam, silenciosamente, sobre encontros sexuais, corpos nus e gozos intensos.

Pois a ideia agora é a mesma, com a diferença de que você pode escutar um conto erótico no fone de ouvido, executando outra tarefa que não exija concentração (não recomendo dirigir ou manusear utensílios cortantes de cozinha) ou criando um clima ao seu redor para dar asas à imaginação: meia-luz, velas e incensos são sempre bem-vindos!

A Jéssica B., consumidora voraz de podcasts e contos eróticos (escritos e narrados), diz que vale dar uma chance ao formato: “Eu adoro contos eróticos, em todos os formatos. E curto bastante vídeos de asmr. Então, conto erótico em áudio, quando bem feito, é prazer garantido.”

Para não deixar ninguém na mão, recomendo aqui 3 ótimos podcasts dedicados à narração de sem-vergonhices:

Textos Putos: Abhyana é uma escritora erótica de mão cheia, sem frescuras e com uma voz e interpretação que combinam aos seus deliciosos contos. Um mulherão, de cabo a rabo. Vale a pena dar play.

Panty Nova: uma sexshop moderninha (no ótimo sentido), que acerta a mão na comunicação com consumidores de produtos eróticos. O podcast traz contos e alguns episódios informativos. Confesso que não sou a maior fã do tipo de narração, mas isso é questão de gosto, deve agradar bastante gente.

Podcast Sexlog: é claro que na onda dos podcasts eróticos eu teria que me aventurar também. Apresento contos eróticos e bate-papos divertidos sobre sexo. Ao longo dos últimos meses testamos várias vozes e formatos, inclusive com contos narrados por homens, o que não costuma ser muito comum (mas a maior parte é narrada por vozes femininas mesmo).

E você, já entrou na onda de escutar esses contos gemidos, narrados e sussurrados? Prefere ler ou ouvir? Conta pra gente nos comentários!

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A pornografia se reinventa e invade o Telegram http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/07/19/a-pornografia-se-reinventa-e-invade-o-telegram/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/07/19/a-pornografia-se-reinventa-e-invade-o-telegram/#respond Sun, 19 Jul 2020 07:00:46 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=725

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Quem não trabalha com conteúdo adulto na internet não faz ideia do perrengue que é manter as contas das redes sociais no ar.

Enquanto algumas empresas grandes da pornografia mainstream, como o Pornhub, aparentemente não sofrem nenhum tipo de censura, no Instagram por exemplo, produtores menores de conteúdo – e até com conteúdo menos explícito – vivem tendo suas contas bloqueadas sem que as redes sociais ofereçam muita explicação (para que se adequem às políticas de uso, que são extremamente confusas).

A boa notícia é que esse é um mercado que vive se reinventando e agora não está sendo diferente. Pra quem não sabe, foi a indústria de entretenimento adulto que popularizou o VHS e, anos depois, o modelo de assinatura para o consumo de conteúdo na internet. Pois é! Agora, também é o mercado adulto que começa a utilizar o Telegram, serviço similar ao whatsApp, de uma forma, digamos, inovadora.

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O Telegram, caso você não saiba, é um app alternativo ao whatsApp. Confesso que só comecei a usar quando o whats ficou fora do ar. Acabei testando e gostando. Mas, como nem todo mundo está lá, depois deixei instalado no meu celular sem muito uso. Até que os grupos de sexo começaram a aparecer. E, claro, meu interesse pelo Telegram voltou a brilhar.

O Luiz, que é desenvolvedor e trabalha com o aplicativo YSOS, para casais interessados em ménage e swing, explica o sucesso recente do Telegram:

“Ele é extremamente seguro (ao ponto da Rússia tê-lo bloqueado, por não conseguir quebrar a sua encriptação). Para os desenvolvedores também oferece recursos legais (como mensagens automáticas para grupos específicos), além de um controle mais refinado que o WhatsApp.”

No ramo da putaria, que é o que a gente gosta, o primeiro grupo que conheci foi o do Rafa Vilaça. Eu já o acompanhava no Instagram e sempre gostei do jeito despachado e desbocado que ele fala de sexo. Ele explica o motivo de ter criado a conta por lá:

“Decidi criar o grupo do Telegram pq lá posso falar sobre assuntos +18 sem nenhum tipo de censura. Além de conseguir postar videos grandes, existe toda a funcionalidade de um canal estilo chat no formato de um diário, que as pessoas podem ir acompanhando dia a dia. Além de enquetes e comunicação direta com a audiência.”

Pela sua experiência, as publicações que geram mais engajamento são de pequenos trechos (às vezes em formato de GIF) de pornografia, seguido de curiosidades sobre sexo.

E, falando em curiosidades sobre sexo, a plataforma Quente e Úmido, que faz uma curadoria de filmes, cursos, produtoras e tudo mais relacionado ao mercado adulto, também compartilha no Telegram conteúdo diário. Prezando pela qualidade e com um olhar afiado para a diversidade, é uma opção incrível pra quem quer fugir do pornô mainstream sem deixar o tesão de lado.

Outro que anda engajando muita gente por lá é o Mahmoud. Conhecido por ter participado do BBB 18, o sexólogo faz sucesso ao gerar entretenimento com boas doses de educação sexual no Telegram.

Por último, também dou minha palhinha no canal do Sexlog, com um grupo criado depois de ter tomado alguns bloqueios no Instagram sem aviso ou explicação.

E você, participa de grupos adultos de whatsApp ou Telegram? Acha que fazem sentido ou prefere nem se aventurar? Me conta nos comentários!

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Gostou de “50 Tons de Cinza” e “365DNI”? Você precisa saber o que é BDSM http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/07/12/gostou-de-50-tons-de-cinza-e-365dni-voce-precisa-saber-o-que-e-bdsm/ http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/2020/07/12/gostou-de-50-tons-de-cinza-e-365dni-voce-precisa-saber-o-que-e-bdsm/#respond Sun, 12 Jul 2020 07:00:51 +0000 http://mayumisato.blogosfera.uol.com.br/?p=720

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Se você habitou o planeta Terra nos últimos anos, deve ter ouvido falar de dois filmes cuja popularidade só se compara às suas gigantescas polêmicas: Cinquenta Tons de Cinza e o mais recente, 365DNI.

Os dois filmes surpreendem primeiro pelas suas cenas de sexo e nudez, um ou dois tons acima do que estamos acostumados no cinema convencional e depois, por serem alvo de críticas justas ao fato de romantizarem relações de abuso, relacionando-as com práticas sexuais fetichistas.

Pessoas praticantes de BDSM, sigla que engloba interessados em sadomasoquismo, dominação, submissão e outras cositas más, também se uniram às reclamações. Os filmes, dizem eles, colaboram com uma visão distorcida da prática, reforçando um estigma comum e equivocado que relaciona fetiches consensuais, realizados entre adultos capazes e sãos, com comportamentos sombrios e violentos.

Dito isso, precisamos reconhecer que – pelo menos – filmes como esses abrem uma discussão em torno de assuntos permeados de tabu e, para os mais atentos, cria uma possibilidade de se aprofundar no tema e entender o que é, de fato, o BDSM.

Para nos ajudar nessa missão eu chamei o Felipe B., carioca que transita na cena alternativa BDSM do Rio de Janeiro há quase 30 anos. Fiz algumas perguntas que, acredito, são as principais dúvidas de quem não está familiarizado com o tema:

Felipe, explica de uma vez por todas, o que é o BDSM?
“É o nosso mundo “secreto” por trás da sigla BDSM, que inclui bondage (todas as formas de restrição de movimento), disciplina (dominação, submissão, pet play, age play e outras formas de controle erotizado) e sadomasoquismo. Só vale se for consensual e entre adultos psicologicamente sãos.”
Ou seja, o consenso é parte fundamental de quem pratica o BDSM. Se não tiver um consenso verbal e prévio, aí sim, estamos falando de uma relação de abuso.

Os filmes usam e abusam de chicotes, roupas de couro, apetrechos estranhos e curiosos para apresentar as práticas, pra entrar na cena BDSM, precisa de tudo isso?
“Muitas vezes, as situações mais intensas acontecem com meros comandos verbais e obediência, sem apetrechos. Mas a presença de artefatos de controle e que provoquem dor sempre é bem-vinda e produz uma miríade de sensações eróticas mais amplas do que o “sexo tradicional” que chamamos de “baunilha”.
Chicotes, coleiras, adereços anais, plugs, mecanismos para controle de abertura dos orifícios são brinquedos comuns. Os mais avançados montam masmorras estilizadas e existem diversos fabricantes brasileiros das “máquinas de tortura”. Não é para todos os gostos.”

Opa, você falou em “tortura” e isso já dá um sinal de alerta! É uma prática realmente segura?
“A segurança deve estar presente, assim como a certeza sobre a saúde das partes envolvidas, quando envolvemos sangue e secreções. A safe word (palavra de segurança) é um recurso útil para evitar que uma pessoa submissa seja submetida a dor, desconforto e humilhação além do que pode suportar, mesmo de forma consensual. Entretanto há quem não adote essa forma de interromper o ato. Em caso de boca impedida de proferir palavras, pode-se combinar um sinal. Grande parte dos jogos de dominação são psicológicos e comportamentais, não envolvendo necessariamente atividade sexual, mas quase sempre culminando nela.”

E como as pessoas se descobrem fetichistas e interessadas em BDSM? De onde surge essa sensação de prazer e dor ao mesmo tempo?
“O caminho para “começar” é interno. O princípio é a pergunta: te excitam as situações de dominação, dor, submissão e restrições de sentidos, mesmo fora da esfera fetichizada?
Muita gente desperta para essa vertente após situações nas próprias experiências sexuais e relacionamentos. Uma palavra que “bateu” diferente, um tapa (ou série deles) durante o sexo baunilha, as sensações contraditórias numa traição e o prazer obtido na confirmação pelo outro, um gozo involuntário ao perder o controle ao urinar e excitar-se ao ver o fluxo fora da situação tradicional, sozinho ou com alguém.
Muitos desses estímulos antecedem a construção de sexualidade da vida adulta e são fomentados muito cedo. Portanto, é preciso discernimento e atenção, para que uma situação diferente do prazer não seja aproveitada de forma equivocada por incautos.”

Por fim, onde alguém pode iniciar na prática na vida real (depois que a pandemia passar, claro)?
“Aqui no Rio, um dos principais grupos para acolher novatos é o Masmorra Carioca. Seletivo e cuidadoso, é um espaço seguro para buscar informação e iniciar-se com quem é mais experiente.
Eu sigo solo, pois não adoto a liturgia da “cena”, mas entendo que muitos são atraídos para o BDSM justamente por essa aura exótica.”

Felipe ainda completa que, de tudo o que ele mencionou, segurança e consentimento devem estar em primeiro lugar, além disso “o que importa é o gozo e ampliar os limites do auto conhecimento e das forma possíveis de compartilhar prazeres sacanas.”

E você, já praticou? Tem vontade? Conta nos comentários!

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